O primeiro sentido é o aproveitamento das formas e da estética que a natureza, em madeiros, nos dá. A madeira é forte e frágil, tal como o Poeta - António Aleixo - era forte na sua poesia e frágil no seu corpo.
O segundo sentido é o aproveitamento da poesia que é profunda e que nos leva a pensar de como funcionava e funciona a sociedade.
O terceiro sentido é a criação desta nova forma de levar as pessoas a lerem e a pensarem a poesia.
As minhas peças, sobretudo as que estão expostas, não necessitam de ser catalogadas, elas por si só expressam o querem dizer. Tal como o Poeta, eu também tento dar-lhe um duplo sentido: a conjugação da forma com o conteúdo.
Tenho a consciência que se o poeta se encontrasse comigo iria gostar muito de ver a sua obra divulgada desta forma, que julgo ser original. Penso também, pelas observações que tenho recolhido das várias exposições que já efectuei, que é muito positivo este tipo de trabalho.
Por outro lado, gostaria de ressalvar o facto de ao realizar este trabalho não busco a glória ou o reconhecimento das pessoas, mas antes tento divulgar o pensamento do Poeta, com o intuito que este seja mais conhecido pelo nosso povo porque ele sim, merece glória.